terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Recortes

“No vento ouço-te respirar. Gravo-te nos dedos. Despeço-me.”


AM

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Hoje.

Estou num dos tantos comboios regionais, com tantas pessoas como marcas de perfume, tantas vidas como rebuçados numa festa de aniversário, tantas diferenças como o norte e o sul.
Mas uma única coisa em comum, a pressa de chegar...

As marcas de um dia cansado no rosto, o ar insatisfeito, o sono leve que termina a cada turbulência da carruagem, a cada paragem numa estação...
Muitas vezes vejo nascer o dia mas hoje vejo morrer.
A luz tão forte do pôr-do-sol quase me cega mas mesmo assim não deixo de olhar...
As cores transformam-se, as árvores mudam de cor e textura, tornam-se negras em contraste com aquela luz imensa.
É nestas situações que gostava de ter uma câmara fotográfica "ali à mão", para poder retractar o que sinto, o que vejo e o que me transmite... mas não, restam apenas recordações de mais um fim de dia laranja com pinceladas amarelas e pretas.

Gosto da maneira como o sol rompe a janelas envidraçadas da carruagem, a cor dos rostos contrapostos à luz, é diferente... mas também igual a tantos fins de tarde quentes ou por vezes frios quando a luz não basta para nos aquecer.

Hoje vi coisas que nunca tinha visto, pessoas com quem nunca me tinha cruzado, e lugares que nem sabia existirem.

Hoje já é fim de tarde, hoje também há pôr-do-sol, hoje também vão ser dezoito horas, hoje vai ser igual a ontem mas também vais ser diferente, hoje...já é noite!

AM, numa carruagem de muitas.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

É tudo.

Quero saber o que é sentir todas as manhãs o cheiro do mar.
Quero saber o que é esperar que a maré suba, que o sol desça até ao mar para tirar as melhores fotografias...
Quero sentir que lhe pertenço, a ela, sempre a ela...
Quero uma casa pequenina numa das tantas ruas transversais, com um terraço onde possa colocar uma rede de baloiço, mais nada...
Quero poder lá passar os finais de tarde quentes e quem sabe as manhãs de Domingo, frias aconchegada num cobertor rosa bem quentinho.
Quero ler um livro e beber chocolate quente na praia, sozinha numa tarde de Inverno.
Quero fotografar os pescadores quando chegam do mar e as crianças que brincam na areia...

Quero tudo isto e muito mais, quero a Nazaré de Janeiro a Dezembro... Quero!





AM

Shimbalaiê











Shimbalaiê, quando vejo o sol beijando o mar
Shimbalaiê, toda vez que ele vai repousar (2x)


Natureza deusa do viver
A beleza pura do nascer
Uma flor brilhando à luz do sol
Pescador entre o mar e o anzol


Pensamento tão livre quanto o céu
Imagino um barco de papel
Indo embora pra não mais voltar
Tendo como guia Iemanjá


Shimbalaiê, quando vejo o sol beijando o mar
Shimbalaiê, toda vez que ele vai repousar (2x)


Quanto tempo leva pra aprender
Que uma flor tem vida ao nascer
Essa flor brilhando à luz do sol
Pescador entre o mar e o anzol


Shimbalaiê, quando vejo o sol beijando o mar
Shimbalaiê, toda vez que ele vai repousar (2x)


Ser capitã desse mundo
Poder rodar sem fronteiras
Viver um ano em segundos
Não achar sonhos besteira
Me encantar com um livro, que fale sobre vaidade
Quando mentir for preciso, poder falar a verdade


Shimbalaiê, quando vejo o sol beijando o mar
Shimbalaiê, toda vez que ele vai repousar (4x)




terça-feira, 19 de janeiro de 2010

RESPECT

Primeiro post de 2010, um pouco tardio, talvez…
Este vai ser, (espero) um ano de mudanças… assim começou e espero que continue…
Toda a gente diz isto no início de todos os anos mas eu sinto verdadeiramente!
Tomei a decisão que deveria ter tomada em Janeiro de 2009, em Fevereiro, em Agosto… mas que por uma razão ou por outra fui adiando.
E agora sim posso dizer que estou BEM, o que para muitos pode parecer difícil e estranho de acreditar. Mas sim, ESTOU e quero continuar porque a sensação de “liberdade” e confiança é estranhamente agradável.

Cansei-me de “engolir sapos” e ferir o orgulho por alguém que nem o mínimo respeito teve por mim, depois de tudo o que vivemos juntos…é triste sim, mas fez-me pensar no tempo perdido que vivi e naquilo que devia ter feito e não fiz! Fiz “ouvidos mocos”, como diz a mãe, a tudo e todos que a única coisa que queriam era ajudar-me e a eles tenho um ENORME pedido de Desculpas a fazer…Enorme porque não me disseram nem uma, nem duas vezes, disseram sempre e eu “sempre” não acreditei, porquê?
Porque “O amor é cego” já se diz há muitos anos e afinal até é verdade, eu confirmo.
A eles que me disseram “mereces melhor”, “ele não gosta verdadeiramente de ti”, “abre os olhos”, “só estás a fazer mal a ti própria”, “nem sei como é que consegues assistir a isto”, “se ele gostasse de ti não te fazia passar por isto”, entre muitas outras coisas só tenho duas palavras: DESCULPEM e OBRIGADA.

A ele… RESPEITO, o seu verdadeiro significado*

*subst m respeito
consideração
respect
ter respeito por alguém
avoir du respect pour qqn
faltar ao respeito a alguém


AM